Apresentando os conceitos centrais para a elaboração do “Prognejo”, Clóvis Cosmo e sua banda realizaram um show teatral exemplar que serve como prelúdio do álbum vindouro. Unindo a história de Uberlândia à sátira, a narrativa ambientada em um futuro distópico reflete os sintomas de uma sociedade alienada e cada vez mais caótica.
Durante exposição de graduandos no Espaço das Artes (EDA), estudantes de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo (USP) relatam seus desafios e sonhos com a profissão.
Na noite de 24 de setembro, o coletivo Greenlight Filmes reuniu em torno de 15 pessoas para assistir a 10 curtas-metragens experimentais no centro cultural A Porta Maldita, na Vila Madalena. Foi a primeira Mostra Greenlight de Curtas Experimentais, um evento gratuito que se propôs a servir de casa para filmes pouco aceitos em circuitos de festivais.
No audiório da Biblioteca Mario de Andrade, Ali Prando, Matheus Gouthier e Getúlio Abelha, provocam: há luta sem experiência concreta?
No último sábado (13), aconteceu a primeira edição do Chama Festival, que estreou com oito bandas que se uniram com artistas convidados, trazendo participações especiais para seus shows na casa Rockambole, criando uma comemoração em grande estilo dos dois anos da abertura da Porta Maldita e da festa Inferninho Trabalho Sujo.
Entre ironia, crítica e festa, Juvi reúne músicas geradas por inteligência artificial, funk e performance política em show no Picles Cardeal.
O centro de São Paulo, território marcado pela violência estatal e seus efeitos, virou espaço de formação e emancipação através da cultura hip-hop. Foi ali que nasceu o projeto Entre o Sucesso e a Lama, projeto que tem como objetivo formar 16 MC’s, em sua maioria vindos da Cracolândia, oferecendo um mergulho nos quatro pilares do hip-hop: MC, DJ, grafite e break.
Durante os quatro últimos dias de agosto, o Teatro da Matilha ocupou o Sesc Pompeia com o espetáculo de dança Nada Nos Acontece, uma fábula coreográfica que atravessa idades e frequências do corpo através de um trabalho pelo pessimismo. Mais do que narrar, o espetáculo convida o público a experimentar a metaforização desse(s) nada(s) que acontece(m).
O coletivo que mostra a importância de nos unirmos para fazer a diferença na vida de quem precisa.
Um título como Sem Esperanças não promete consolo. Ele abre um rasgo, expõe a ferida, ergue um espelho turvo em que o país e o corpo se reconhecem: na insalubridade do transe, da ruína e a mais pura combustão. O encontro entre Test, dupla que há anos transforma grindcore em arma de guerrilha, e Deafkids, alquimistas de um punk ritualístico e psicodélico, é a celebração de quinze anos de colisão e invenção — e, ao mesmo tempo, uma sentença apocalíptica.
A festa de 10 anos do restaurante Fazenda Churrascada expôs conflitos entre concessão privada, preservação ambiental e uso comunitário do Parque da Água Branca
Em meio a grande quantidade de prédios de luxo e construções históricas, no nobre e conservador bairro Vila Mariana, encontra-se um pequeno espaço, que apesar dos seis meses de vida, carrega uma longa história de enfrentamento. A ideia de se sentir indesejado em algum lugar pode soar assustadora em geral, mas não para o Bar Motim.
Na última noite de Inferninho, Mundo Video e dadá Joãozinho transformaram o porão da Casa de Francisca em um laboratório sonoro, apresentando um EP recém-criado para um público que, com muito prazer, topou ser cobaia voluntária.
Vindo de Itaquaquecetuba, o Nigéria Futebol Clube ocupou o palco do Porta, em São Paulo, no dia 1º de agosto, transformando um show em ritual libertário de groove e fúria.
Quem produz o som que faz você dançar? Com estrutura própria e o compromisso de dar visibilidade a quem faz o som acontecer, o Bar Motim, na Vila Mariana, foi palco da vigésima edição da Batalha dos Beats. No dia 26 de julho, beatmakers de diversas regiões se reuniram para duelar pelo beat mais potente da noite.
Na noite do dia 11 de julho, um primeiro andar no Estúdio Lâmina, espaço cultural no centro de São Paulo conhecido por abrigar eventos de arte experimental e resistência Cuir, foi tomado por ruídos, vozes, corpos e pulsações. Era mais que uma festa. Era mais que um evento. Um experimento sensível, onde artistas encontravam novos artistas pela proposta do microfone aberto.
Na sexta-feira (18), o quarteto Tutu Naná e o quinteto (que às vezes vira sexteto) Tubo de Ensaio se apresentaram em mais uma edição do Inferninho Trabalho Sujo, na Ocupação Fervo, perto da estação Água Branca. Ali, a música conduziu histórias, seguindo pelos trilhos como um trem em alta noite.
Após um ano sabático, Marco Antônio Benvegnú não volta apenas aos palcos, mas também às andanças. Nascido em Passo Fundo (RS), ficou conhecido pela poesia torta e pela psicodelia estranha que carrega em seu projeto musical “Irmão Victor”. Fora dos palcos, seu jeito andarilho já o levou a percorrer diversas cidades do Brasil e até mesmo Toulouse na França. Em entrevista ao Desconhecido Juvenal, contou que suas composições nascem das caminhadas que faz por onde passa. “Micro-Usina” (2024), seu último lançamento, por exemplo, carrega em cada faixa letras escritas em lugares diferentes. Agora, de volta a São Paulo, fica a pergunta: como a cidade grande inspira o poeta em movimento? E nessas mudanças, o que muda? E o que fica?
O último Inferninho Trabalho Sujo (18), festa carimbada das noites de São Paulo, marcou presença na Ocupação Fervo pela primeira vez e foi palco dos shows das bandas Tubo de Ensaio e Tutu Nana. Alexandre Matias, organizador, contou sobre a origem da festa e sua importância para divulgar novas bandas no período pós-pandêmico.